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Stone Town, a cidade Património Mundial em Zanzibar

Stone Town, denominada cidade da pedra, é a cidade histórica e cultural de Zanzibar, localizada na ilha de Unguja, Tanzânia. Considerada Património Mundial da UNESCO, é conhecida pela sua arquitetura única e história rica. 

A cidade foi construída no séc. XIX, com influências arquitetónicas da Arábia, Índia e Europa devido às rotas comerciais pelo mar que estavam ligadas à ilha. É constituída por ruas estreitas e labirínticas, onde é possível encontrar edifícios coloniais, mesquitas e palácios.  

Em Zanzibar decidimos pernoitar duas noites uma vez que tanto valor histórico merecia mais do que apenas uma tour de um dia. Alojámos-nos no centro, fomos acordados cedinho pelo chamamento à oração islâmica. Após o pequeno almoço fomos à descoberta da cidade. Comecámos pelo Old Dispensary, um antigo edifício construído para ser um hospital que nunca fora terminado. Mais tarde fora usado como farmácia  o segundo andar e como aluger de apartamentos no res do chão. Nos anos 90 foi restaurado e fora tornado centro cultural. No local encontrámos exposições artesanais. Um simpático porteiro ofereceu-se para nos guiar pelo edifício, mostrou-nos salas antigas e levou-nos até ao terraço para desfrutar das vistas. Em troca, se não me engano, quis 1 ou 2$, logo deixou-nos por nossa conta. No átrio encontravam-se homens locais a jogar um típico jogo de tabuleiro na Tanzânia, Bao, que vimos várias vezes ao longo da viagem.

Continuámos a caminhar em direção ao porto e visitámos o Antigo Forte Árabe, ao lado da Casa das Maravilhas. É o edífico mais antigo da ilha, erigido em 1701 pelos árabes de Omã após dois séculos de ocupação pelos portugueses! Diz-se que neste local haveria uma igreja, construída pelos anos de 1600, entretanto destruída e sobre a qual apenas restam alguns vestígios. No Antigo Forte ainda existem 3 canhões com os monogramas de D. Manuel e D. Joao III. A entrada é livre.

Em seguida dirigimo-nos ao centro histórico onde nos perdemos pelas suas ruelas. Visitámos um antigo banho público, Hamamnian Persian Baths. Já em desuso, fora mandado construir por um sultão em 1888, e continha banhos quentes e frios, áreas de asseio e área de necessidades. Fomos levados também ao terraço onde nos foi mostrada a forma de aquecimento das águas. A visita é curta, o preço muito modesto, o que coincide com as instalações. 

Pela tarde visitámos a Catedral Anglicana e o Museu dos Escravos, situados lado a lado. Este museu merece ser destacado. Dedicado à história da escravidão na ilha, está localizado na casa de um antigo agente de escravos, foi inaugurado em 1994 com o objetivo de preservar a história da escravidão e os seus efeitos na sociedade zanzibari. É uma visita impressionante e constrangedora. Podem ver-se ferramentas e equipamentos usados ​​na escravidão, registros escritos e fotografias, bem como artefatos pessoais dos escravos. É um lugar de reflexão e sensibilização sobre a importância de lutar contra a escravidão e outras formas de opressão e desumanidade. É uma atração turística importante para aqueles que visitam Stone Town e é considerado um dos museus mais importantes do país.

Já ao fim do dia decidimos ir à procura do famoso mercado de Darajani e aí chegámos ao ponto central de vendas.

 

Cheíssimo de locais, aí encontrámos um pouco de tudo, inúmeras especiarias, frutas e vegetais, carne, peixe, roupas, objetos, etc. O fato de irmos sozinhos (sem guia) fez com que fosse difícil desfrutar das bancas, uma vez que estávamos constantemente a ser abordadospor vendedores, depressa fugimos do local. 

 

 

Terminámos o dia continuando a percorrer as ruelas da cidade, a visitar lojas de artesanato, a observer as suas gentes e, principalmente, a apreciar a arquitetura local tão característica, principalmente as suas portas.

 

As portas de Stone Town são conhecidas pelas suas cores e desenhos. Foram criadas pelos comerciantes arábes e indianos que viviam na cidade no século XIX. As portas em formato redondo são de origem indiana e as rectangulares de origem árabe, estas últimas por vezes com manuscritos do Alcorão. O maior ou menor detalhe representava a riqueza da família e status. Em algumas delas, as formas pontiagudas, de origem indiana, serviam como protecção face aos elefantes. São consideradas Património Cultural e muitas delas foram restauradas para preservar a sua singularidade e significado histórico.

 

Antes de regressarmos ao hotel marcámos uma tour à ilha Prisão para o dia seguinte. Em Zanzibar, os guias podem ser bastante cansativos. Muito simpáticos, Jambo! Jambo! mas também muito insistentes. A nossa técnica foi dizer que já tínhamos realizado todas as tours que ofereciam, não só em Stone Town como em toda a ilha .

Visitando Zanzibar jamais prescinda de uma visita à cidade da pedra!

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